Maria
Francisca
Barros
sobre.
Nascida no Porto, criada na capital do móvel. A curiosidade pelo desconhecido sempre me deixou inquieta. Desassossegada pela normalidade. Por isso, de mochila às costas e de botas nos pés, desde sempre que parto à descoberta do mundo, do novo e do emocionante.
Em pequena também a escova do cabelo servia de microfone e o ´porquê´ era a palavra principal do meu vocabulário. A escrita ocupava os dias e fazia passar as horas. As conversas sobre o passado, o presente e o futuro com o avô também. Os rabiscos e as histórias sem nada para contar faziam-me cansar as mãos.
Não me lembro quando pensei, pela primeira vez, em ser jornalista. Tudo em mim me levava (e leva) a isso e foi na Universidade do Minho que as mais pequenas dúvidas se tornaram em certezas.
O `porquê´ continua a ser a minha palavra preferida e o ponto de interrogação o término de todas as minhas frases. Os meus dedos continuam pisados pela força que faço na caneta. Continuo a viver fascinada pelo poder das palavras e de uma sociedade com tanto para dizer. Continuo a viver no desassossego e no anseio do que será o dia de amanhã. Continuo a ser a pequena Francisca, que aspira ser jornalista, viver das letras e contar histórias (com muito para contar).
Impression, sunrise, Claude Monet, 1874
Cliff Walk at Pourville, Claude Monet, 1882
projetos académicos.
GRANDE REPORTAGEM
Entre o Ser e o Estar. A educação para a sexualidade em Portugal
A sexualidade transcende o simples ato sexual, envolve o ser e o estar. Mais do que meros seres reprodutores, os seres humanos existem para além das vontades e necessidades biológicas.
E é a partir de uma "educação sexual positiva e eficaz" que é entendida a natureza da sexualidade.
DOCUMENTÁRIO
Varinas da Afurada
Carlos Tê descreve, numa letra musicada por Rui Veloso em 1980, uma Afurada onde "os pescadores conversam à porta do tasco", onde "as velhas cosem as redes cheirando o vento norte" e as varinas têm "o luto sempre à mão".
A Afurada do presente contrasta grandemente com a do passado, mas sem perder a ligação ao mar. O alojamento local, os carros estacionados, os muitos turistas que procuram um cenário pitoresco vão, a bom passo, mudando a cara da pequena povoação.
GRANDE REPORTAGEM
"Não há condições". Uma universidade com diferentes realidades
A Universidade do Minho é constituída por 12 unidades orgânicas distribuídas por quatro campi - Gualtar, Azurém, Couros e Congregados. Os contratos públicos dos últimos cinco anos, realizados entre janeiro de 2018 e dezembro de 2022, comprovam que Medicina foi a escola que mais financiamento recebeu. A Escola de Arquitetura, Arte e Design, na qual se incluem os cursos de Artes Visuais e Design de Produto, foi das que menos obteve.
DESIGN
Revista ´The Greeks. Para lá do Olimpo´
Os Deuses Gregos, cultuados pelos antigos habitantes da Grécia, eram representados sob a forma humana e simbolizavam os anseios e temores humanos. Regiam as forças da natureza, comandavam o céu, a terra, o sol, a lua, os rios, o mar, o vento, os amores e a beleza. Eram os poderosos, não estando acima deles mais ninguém.
Na revista podem ser encontradas as histórias de alguns destes Deuses. Construída no InDesign.
CURTA-METRAGEM
Eu estou bem
Porque atrás de sorrisos e gargalhadas, de "eu estou bem", conversas animadas e saídas com amigas, não sabemos a história, os pensamentos, o peso e a tristeza que uma pessoa carrega. No fim pensamos, mas afinal "ela estava bem".
DESIGN
Traçado Arquitetónico
Um edifício em Guimarães e o museu de Paços de Ferreira retratados pelas linhas e formas de um traçado arquitetónico que representa a vida e os sonhos.
Desenhado no Illustrator.
CURTA-METRAGEM
Criar
O que é criar? De onde vêm a criatividade? Será que todos temos um artista dentro de nós?
A inspiração surge de uma hora para a outra, mas se ficarmos na nossa zona de conforto, sem procurar novas referências, será difícil criar algo inovador. É por isso que procurar o conhecimento em diversas fontes é muito importante.
Conhece o processo criativo de Sofia.
RETRATO SONORO
The Scream of Anxiety
Um autorretrato que pode ser ouvido, do que persegue, perturba e aflige.
"Caminhava com dois amigos pelo passeio, o sol se punha, o céu se tornou repentinamente vermelho, eu me detive; cansado, apoiei-me na grade, sobre a cidade e o braço de mar azul-escuro via apenas sangue e línguas de fogo, meus amigos continuaram a andar e eu permanecia preso no mesmo lugar, tremendo de medo, e sentia que uma gritaria infinda penetrava toda a natureza." - Edvard Munch, 1892.
extracurricular.
ComUM
Entrei no jornal online dos alunos de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho em 2020, no mesmo ano em que ingressei no curso.
Comecei por ser redatora nas secções de sociedade, cultura e crítica. Desde artigos diários, a reportagens, entrevistas e críticas, o ComUM é um lugar onde cresci e aprendi.
Sociedade sempre foi o que mais me "apetecia", e em 2021 (no meu segundo ano no curso) fui convidada para ser editora da secção. Confesso, não estava à espera. Acho que quando te moves pelo gosto e pelo deleite não pensas no que pode estar para vir. Mas sim no que está a acontecer.
Exerci o mesmo cargo também no meu terceiro ano de licenciatura (2022/23). Passei assim a cuidar do agendamento, a escrever também editoriais e a orientar e ajudar os novos redatores.
Descobre mais em: Maria Francisca Barros
GACCUM
O Grupo de Alunos de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho existe para os alunos. Foi criado para representar todos os estudantes do curso, assim como responder às suas necessidades.
Fazer parte do Gaccum é fazer parte de uma família, onde aprendemos e trabalhamos sempre pelo melhor. Aqui tive a oportunidade de ajudar na organização de eventos, coordenação de reuniões e trabalhar em equipa. Uma equipa unida, com ideias e objetivos concisos.
O Gaccum é um espaço onde a ação se sobrepõe às meras palavras e promessas. Onde "a tua Voz vai tornar-se na nossa Ação".
2022/2023
Presidente da Mesa da Assembleia Geral
XXV Jornadas da Comunicação - AI Speak
Neste ano de mandato, organizamos as XXV Jornadas da Comunicação. Com foco na temática da Inteligência Artificial, os participantes tiveram a oportunidade de participar em formações destinadas às três áreas do curso (Relações Públicas e Publicidade, Jornalismo e Informação e Audiovisual e Multimédia) onde a utilização da AI no trabalho dos profissionais foi levantada. Nos dois dias do evento decorreram também palestras e workshops que contaram com a presença de convidados, especialistas no tema, que abordaram o assunto junto de outras áreas (mercado digital, redes sociais e cinema).
associativismo.
Dizem que é ao longo dos anos que nos vamos descobrindo. Ao experimentar coisas novas. Ir a um lugar novo ao fim de semana, ouvir um estilo de música diferente, provar uma comida nunca antes saboreada. Mas e se eu disser que há uma coisa, que já se tornou rotina e desrotina, que parece mais do mesmo, mas que ao mesmo tempo é uma novidade a cada dia que passa. Que enquanto te sentes em `casa´, sentes que estás sem teto. Rodeada de desconhecidos que parecem tão conhecidos. O ir a um lugar novo, mas que só é novo porque reparaste num pequeno pormenor. É os anos passarem e parecer que descobriste tanto sobre ti, mas que ainda tens tanto por desvendar.
O escutismo é isso.
É sob a lona de uma tenda, a comer de pratos de aço, a dormir num saco de cama que não aquece e acordar com o vento gelado e os pássaros a cantar tão cedo pela manhã. É passares por tanto, mas com o sentimento de que ainda falta muito mais. É ficar feliz com a felicidade dos outros. É tentar deixar o mundo melhor do que quando o encontramos.
Parece lamechas, eu sei. Mas ser escuteiro é isto. E é assim que me movo, desde os 6 anos, desde que entrei no Corpo Nacional de Escutas, num pequeno agrupamento, o 1267, tão tarde que se formou, na pequena e humilde vila de Sobrosa. Onde fiz amigos que levo para a vida. Onde atingi objetivos, me superei e fui mais além. Onde me venho a descobrir. Cada vez mais, a cada dia que passa.